quinta-feira, 18 de março de 2010

CEMM


O CEMM sob nova direção


PROGRAMA DE GESTÃO

□ Realizar uma administração democrática, com a participação de todos os setores da Unidade Escolar.
□ Adotar medidas administrativas priorizando o processo ensino aprendizagem.
□ Viabilizar projetos que objetivem a superação da defasagem existente na aprendizagem de grande parte de nossos alunos.
□ Trabalhar na formação de lideranças de classes, visando a organização e uma melhor conservação do ambiente escolar.
□ Buscar, junto a SMED, e a outros setores privados e particulares, parcerias para melhorar o espaço escolar, bem como para a realização de projetos pedagógicos que melhorem o desempenho dos alunos.
□ Construir, coletivamente, calendários semestrais, para facilitar o planejamento e divulgar possíveis mudanças com antecedência.
□ Promover projetos que aproxime a comunidade do processo ensino aprendizagem.
□ Garantir a transparência das ações financeiras realizadas pela direção escolar.
□ Legalizar o Conselho escolar e viabilizar sua efetiva participação na Gestão Administrativa.
□ Concluir a elaboração do Projeto Político Pedagógico da Unidade escolar, bem como viabilizar sua execução.

OBJETIVOS DA GESTÃO

- Gerir a escola de forma que esta possa oferecer oportunidades para que seus alunos possam aprender para compreender a vida, a sociedade e a si mesmos;
- criar uma organização viva caracterizada por uma rede de relações de todos os elementos que nela atuam ou interferem.
- ter visão da escola inserida em sua comunidade, a médio e longo prazo, com horizontes largos;
- compartilhar o poder e a tomada de decisões de forma coletiva.
- melhorar o espaço escolar, tornando-o mais acolhedor, para que a comunidade escolar sinta prazer em estar nele.

PLANO DE AÇÃO

1- Reuniões periódicas com os setores da escola para ouvir seus anseios.
2- Análise das sugestões.
3- Planejar a primeira semana de aula
. Leitura de regimento
. Elaboração de regras de convivência
. Colher sugestões
. Leitura de diversos textos sobre o papel da escola.
. concurso de sala mais arrumada com premiações
4- Reunir com professores para elaborar calendário de atividades
5- Procurar parceria com UESB E CEFET para 2 semanas de oficinas e cursos, uma em cada ano.
6- Elaborar gincana estudantil para o primeiro ano e Semana cultural no segundo ano.
7- Buscar meios para construção de um depósito.
8- Viabilizar projeto de conservação dos utensílios da escola.
9- Aumentar os quadros brancos
10- Providenciar carrinho para TV e DVD, caso não seja possível uma sala específica.
11- Construir cobertura da entrada da escola.
12- Jogar areia para o pátio e construção de canteiros.
13- Viabilizar a edição de um jornalzinho da escola.
14- Buscar junto a SMED
- Ampliação e melhoramento do espaço da escola
- Construção de banheiro para educação infantil e para professores.
- Construção de um parque infantil.
- Construção de um auditório ou área coberta para reuniões e eventos
- Construção de uma nova quadra ou reforma da quadra já existe.
15- Promover oficinas profissionalizantes para alunos e comunidade, visando uma maior aproximação e integração comunidade / escola
16- Promover encontros para os profissionais da escola, com palestras e atividades prazerosas, visando melhorar o estímulo para a realização de um trabalho cada vez melhor.
17- Organizar uma videoteca, para que o professor tenha mais um suporte pedagógico.

Sejam Bem Vindas!


Foram empossadas as novas diretoras do CEMM

Neste ano 2010 tomaram posse as novas diretoras do Centro Educacional Moisés Meira as professoras Solange Feliciano e Adriana . Um evento foi promovido pela SMED contando com a presença do atual prefeito Guilhermes Menezes, do Secretário de Educação Municipal, o professor Coriolano Ferreira e outras lideranças políticas locais. A solenidade teve por objetivo dar as boas vindas e posse aos novos diretores da Rede.

As eleições nas escolas municipais acontecem desde 1992 e para o poder público, os dirigentes escolares têm uma dupla responsabilidade, a de representar a comunidade e a de serem gestores das políticas públicas de educação municipal. Junto com sua equipe, tem esse papel de acolhimento do cidadão e da cidadã conquistense que procuram a escola para poder usufruir do direito à educação, que é uma das conquistas mais importantes nos dias de hoje.

O processo eleitoral foi realizado no fim do ano passado e puderam votar professores, coordenadores, diretores, vice-diretores, pais e mães de alunos, além de alunos acima de 14 anos com freqüência comprovada.


Parabéns as professoras Solange e Adriana pela vitória nestas eleições e por terem abraçado com grande amor e responsabilidade a direção de um espaço público. A comunidade de José Gonçalves e a família CEMM saudam vocês e desejam sucesso nesta nova gestão. Contem conosco!

terça-feira, 16 de março de 2010

Histórias de Vida


Tráfico de Crianças
Vendida pelos pais e contrabandeada para os Estados Unidos, Shyima Hall foi mantida presa durante dois anos como escrava. Por Por Mary A. Fischer

Como toda adolescente, Shyima Hall esquece de arrumar a cama e reclama na hora de cumprir suas duas tarefas: passar o aspirador e limpar o aquário. Em Orange County, Califórnia, no lar que divide com os pais adotivos e cinco irmãos, a jovem de 18 anos conversa pelo celular deitada no sofá. Usa jeans de cintura baixa e as unhas estão pintadas de rosa. Ela tenta conciliar a agenda cheia – emprego de meio expediente, deveres de casa, acampamento no fim de semana – como se quisesse compensar o tempo perdido.

E é isso mesmo. Em 2007, Shyima, nascida em Alexandria, no Egito, encerrou em sua vida um capítulo que teria preferido jamais escrever. Tudo começou em 2000, quando seus pais, muito pobres, venderam-na a um casal rico no Cairo. O casal se mudou para os Estados Unidos e conseguiu fazer com que a menina de 10 anos entrasse ilegalmente no país para trabalhar na casa deles.

Tráfico e exploração infantil



De acordo com o Departamento de Saúde e Serviços Hu­manos dos Estados Unidos, o tráfico de pessoas é o tipo de crime que mais cresce no mun­­­­do. Até 800 mil pessoas são traficadas por ano pelas fronteiras internacionais; os Estados Unidos são um destino comum, recebendo até 17.500 todo ano para serem exploradas sexualmente ou como mão-de-obra. Shyima, acostumada a dificuldades, ficou nesta última categoria. Era uma dos 11 filhos de pais paupérrimos e foi criada numa casa com um banheiro só que abrigava três famílias. Ela, os pais e os irmãos dormiam em um quarto, sobre cobertores no chão. O pai costumava sumir durante semanas. Shyima conta que “quando estava em casa, ele batia na gente”.

Ela nunca ia à escola e o futuro não era nada promissor. Ainda assim, tinha esperanças. Como contou anos depois no tribunal, “lá havia felicidade. Eu tinha quem cuidasse de mim”.

Aos 8 anos, ela foi morar com um casal de 30 e poucos anos, Abdel-Nasser Youssef Ibrahim e a mulher, Amal Ahmed Ewis-Abd Motelib. A irmã mais velha de Shyima trabalhara para eles como empregada doméstica, mas o casal a demitiu, acusando-a de furtar dinheiro. Como par­te do acordo que o casal fez com os pais de Shyima, ela foi obrigada a rtrabalhar como empregada doméstica, para substituir a irmã.

Dois anos depois, Ibrahim e Motelib decidiram se mudar para os Estados Unidos com os cinco filhos para abrir uma empresa de importação e exportação. Shyima não queria ir. Hoje ela diz que Ibrahim lhe falou que ela não tinha opção. Shyima se lembra de estar perto da cozinha, ouvindo os patrões conversarem com seus pais.

“Escutei a negociação e aí meus pais me entregaram a essa gente em troca de 30 dólares por mês”, contou.

Escravização infantil


Shyima entrou nos Estados Unidos com um visto de turista, válido por seis meses, obtido de forma ilegal, e passou a morar na casa da família, de dois andares, num condomínio fechado em Irvine. Quando não estava trabalhando, ficava restrita a uma parte da garagem, com 3,5 por 2,5 metros, sem janelas, sem ar condicionado nem aquecimento. Ela diz que às vezes a família a trancava lá. A mobília da senzala: um colchão sujo, um abajur e uma mesinha. Shyima guardava as roupas na mala.

Rotina de uma mini-escrava: Todo dia acordava às seis da manhã, no mesmo horário dos filhos gêmeos do casal, que tinham 6 anos. Obedecia às ordens de todos, até mesmo das três outras filhas do casal, de 11, 13 e 15 anos. Cozinhava, servia à mesa, lavava a louça, fazia as camas, trocava os lençóis, lavava e passava a roupa, tirava o pó, varria, aspirava e passava pano úmido no chão. Era comum trabalhar até meia-noite. Certo dia, quando tentou lavar a própria roupa, Motelib a impediu: “Ela me disse que eu não podia pôr minhas roupas na máquina de lavar porque eram mais sujas que as deles.”

Desde então, Shyima passou a lavar suas roupas num balde de plástico, que guardava próximo ao colchão, e a pendurá-las para secar nu­ma grade de metal perto das latas de lixo.

Motelib e Ibrahim batiam em Shyima, mas o isolamento e as agressões verbais eram piores. “Eles me chamavam de estúpida, diziam que eu não era nada”, conta. Shyima comia sozinha e não podia frequentar a escola nem sair da casa sem que Motelib ou Ibrahim a escoltassem. O casal ordenava-lhe que não contasse nada a ninguém sobre a situação: “Eles me ameaçaram, dizendo que a polícia me prenderia porque eu era ilegal.”

Embora nunca admitisse ter saudades da mãe, chorou abertamente na frente de Motelib e Ibrahim quando teve uma forte gripe. “Mesmo doente, tive de trabalhar. Não me deram nem remédio.” À noite, exausta e sozinha, Shyima fitava a escuridão. Ibrahim lhe tirara o passaporte e ela temia ficar presa para sempre. Quando fez 12 anos, não houve festa. A menina passou o aniversário fazendo o serviço de casa.

Denúncia anônima

Seis meses depois, na manhã de 9 de abril de 2002, Carole Chen, assistente social do Serviço de Proteção à Criança de Orange County, atendeu a um chamado anônimo (supostamen­te de um vizinho do casal) que denunciava um caso de agressão infantil. A pessoa disse que uma menina morava na garagem de uma casa, e trabalhava como empregada sem ir à escola. Chen, junto de Tracy Jacobson, investigadora da polícia de Irvine, bateu à porta de Ibrahim. Quando ele atendeu, Jacobson perguntou quem mais morava na casa. Ibrahim citou a mulher e os cinco filhos. “Há outras crianças?”, pressionou a policial. Ibrahim admitiu que havia uma menina de 12 anos. Afirmou que era parente distante. “Posso conversar com ela?”, perguntou Jacobson.

Fazendo faxina no andar de cima, Shyima não sabia que a salvação estava a uma distância mínima. Ibrahim chamou-a em árabe e disse-lhe que descesse e negasse que trabalhava para eles. Malvestida, com uma camiseta marrom e calças largas, ela correu até a porta.

Chen, que percebeu que as mãos da menina estavam vermelhas e machucadas, chamou um tradutor pelo celular. Shyima disse ao tradutor que estava no país há dois anos e nunca fora à escola.

Jacobson pôs a menina sob custódia preventiva. No ban­co de trás do carro da polícia, a caminho de um lar coletivo para crianças, onde ficaria temporariamente, Shyima rezou para não ter de encarar de novo seus captores.

“Ela era incrível, uma criança muito forte”, lembra a policial. “Nunca chorou. Gostou de ficar sob custódia, ao contrário das outras crianças, porque assim se sentia segura.”

Dali a algumas horas, Jacobson, munida de um mandado de busca, voltou à casa de Ibrahim com agentes do FBI e do ICE, órgão do governo americano que cuida da imigração e da alfândega. Na garagem, fotografaram o colchão manchado de Shyima. Havia um balde de água com sabão junto a um abajur quebrado e roupas dobradas no chão.

Contrato de escravidão


“Shyima vivia numa situação de contraste total em relação ao restante da família”, revela Jacobson. “Já vi animais de estimação mais bem tratados”, acrescenta Bob Schoch, agente do ICE. Na esperança de justificar o negócio, Ibrahim mostrou aos agentes o contrato escrito à mão e registrado em cartório que ele e os pais de Shyima haviam assinado.

“O contrato dizia que a menina teria de trabalhar para eles durante dez anos”, explica Jacobson, em troca do pagamento de 30 dólares por mês aos pais. O investigador prendeu Ibrahim e Motelib e acusou-os de conspiração, de servidão involuntária, de apropriar-se do trabalho de outra pessoa e de abrigar estrangeiros ilegalmente.

Alforria
No dia do resgate de Shyima, os funcionários da imigração lhe propuseram que escolhesse entre voltar ao Egito ou ficar nos Estados Unidos, morando num lar adotivo. Nervosa e hesitante, Shyima telefonou ao pai, no Egito, e falou de supetão: “Quero ficar aqui.” O pai da menina ficou chateado, mas Shyima já havia decidido: queria começar uma vida nova.

Durante os dois anos seguintes, Shyima morou com duas famílias adotivas. No primeiro lar, aprendeu a falar e a ler em inglês. No segundo, em San José, queriam que fizesse voto estrito de obediência à religião muçulmana e, depois de uma discussão, deixaram-na num lar coletivo local. “Eu só queria ser uma adolescente americana comum”, diz ela.

Logo seu desejo se realizou. Chuck e Jenny Hall, pais de duas meninas e um garoto, tinham acabado de comprar uma casa de quatro quartos em Orange County e decidiram que havia espaço para mais filhos. Depois de adotar uma menina de 15 anos e o sobrinho de Chuck, de 13, estavam dispostos a receber mais um. “No primeiro encontro com Shyima”, diz Chuck, gerente de uma empresa de uniformes, “a gente logo se entendeu. O senso de humor dela era igual ao meu.” Shyima só fez duas perguntas aos possíveis pais: se havia regras na casa e quais os serviços que teria de fazer. A resposta de Chuck: “Tudo é negociável.”

“A regra número um é ir à escola e fazer o dever de casa”, acrescentou Jenny, orientadora educacional. “Va­mos tratá-la como filha. Você vai fazer parte da nossa família.”

Com 15 anos, Shyima já se transformara numa linda mocinha. Mas levou consigo mais do que a mala: “Eu sentia muita raiva”, explica ela. Durante os primeiros seis meses, ela teve dificuldade para dormir e sofreu de angústia. Consultou um terapeuta regularmente e tomou remédios contra depressão. Com o tempo, foi ficando mais autoconfiante. Na escola, fez amigos, teve o primeiro namorado e entrou para a equipe de atletismo. Conseguiu um emprego de meio expediente numa loja de chocolates Godiva e participou de jantares na igreja e lavagens de carro para levantar recursos. Apresentou-se até como orientadora voluntária num acampamento para crianças com baixa autoestima.

Qual a pena para quem explora o trabalho infantil?
Enquanto isso, Ibrahim e Motelib admitiram a culpa ao juiz para evitar o julgamento formal. Na audiência final do processo, em outubro de 2006, Shyima ficou nervosa quando ouviu o pedido de clemência: “O que aconteceu deveu-se à minha ignorância da lei, mas assumo toda a responsabilidade”, disse Ibrahim ao juiz.

Motelib mostrou-se menos arrependida. “Tratei-a como a trataria no Egito. Ficaria contente se ela me dissesse: ‘Não faça isso.’ Aí eu teria mudado meu modo de agir.”

Incapaz de se conter, Shyima pediu permissão para se dirigir ao tribunal: “Motelib é uma mulher adulta, sabe o que é certo e errado”, disse a jovem. “Onde estava o amor quando chegava a minha vez? Eu também não era um ser humano? Enquanto morei com eles, me senti como se não valesse nada. O que eles me fizeram vai me deixar cicatrizes pelo resto da minha vida.”

Ibrahim recebeu uma pena reduzida de três anos de prisão e Motelib, de 22 meses. O casal também teve de pagar a Shyima 76.137 dólares pelo tempo em que trabalhou. Ambos serão deportados para o Egito quanto saírem da cadeia.

Depois da audiência, Shyima comemorou indo comprar um vestido para usar no baile dos ex-alunos da escola secundária. Ela e Jenny escolheram um longo preto e brilhante. Com parte do dinheiro da indenização, Shyima também comprou um laptop, uma câmera fotográfica digital e um carro Nissan Versa novo, e pôs o restante num fundo para custear a universidade.

“Ela tem força de vontade e é independente”, diz Jenny que, com o marido, adotou Shyima legalmente em 2006. No futuro, Shyima diz que gostaria de ser policial, para ajudar os outros. Também quer voltar ao Egito algum dia para visitar os irmãos e as irmãs. Mas, por enquanto, está contente, vivendo o sonho que nunca imaginou realizar: ter a vida de uma adolescente comum.

A escravidão no Brasil


As pesquisadoras Adriana Freitas e Sônia Benevides fazem parte da equi­pe do Grupo de Pesquisa Trabalho Escravo Contemporâneo (GPTEC), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que há seis anos promove seminários e debates a fim de contribuir para a erradicação da escravidão no Brasil. Mais de 32 mil trabalhadores foram resgatados entre 1995 e 2008, de acor­do com o Ministério do Trabalho e Emprego.


Escravidão Rural: brasileiros são escravos em fazendas até hoje
Desde o Código Penal de 1940, já havia punição a quem explorasse o trabalho análogo ao de escravo, mas, só a partir da criação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) do Ministério do Trabalho e Emprego, em 1995, começou a haver combate permanente a essas práticas que raramente eram noticiadas. Só em 2008, mais de 4,6 mil trabalhadores foram libertados de fazendas onde eram mantidos em condições insalubres, sem carteira assinada, sem equipamentos de proteção individual, e presos a dívidas relativas, muitas vezes, ao transporte, hospedagem e alimentação. Em geral, as dívidas superam o valor a ser recebido, o que os torna cativos. Além da escravidão na área rural – principalmente em atividades de pecuária e cana-de-açúcar –, identificamos casos de escravidão em áreas metropolitanas. Mas pensar que o problema se resolve com a libertação desses trabalhadores é um equívoco, pois, enquanto durarem os fatores que os condicionaram a essa situação – desemprego, baixa escolaridade etc. –, a chance de reincidirem é enorme.


Parte da equipe do GPTEC, em pesquisa para a Organização Internacional do Trabalho, esteve mais de uma vez em propriedades por ocasião da libertação de trabalhadores. Além disso, realizamos pesquisas por meio da leitura de documentos, que constam em nosso acervo, acompanhan­do as notícias relativas ao tema, e com representação nas reuniões da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo. Também promovemos seminários, debates e reuniões científicas com especialistas e trabalhadores libertados.

Histórias de Vida

Amor de Mãe: o esforço de uma mãe para
garantir o futuro de suas filhas

A bela história de uma família da Malásia, que faz de tudo para manter suas filhas na escola .

Por Norliza Baharom

Na aldeia de Selangor, na Malásia, onde cresci, os coqueiros sombreavam as casas de madeira, os pais se agachavam no chão para cultivar arrozais, as mães se mantinham no aconchego do lar, e os filhos corriam à vontade, descalços.

Quando eu tinha 10 anos e minha irmã, Ayu, estava com 7, nossa família passou por um momento difícil: meu pai não estava ganhando o bastante nas fazendas de cacau. Por fim, ele chegou à conclusão de que teria mais chance pegando ratã nos confins da floresta e vendendo-o para uma fábrica de móveis próxima.
Minha mãe ficou preocupadíssima, pois temia que um tigre o devorasse, mas meu pai disse que era melhor correr o risco de ser comido por um tigre do que ficar em casa e não ter nada para comer.

Assim, foi bem cedo, numa manhã, que ele partiu em sua moto, à procura de ratã. De repente, Ayu e eu não tínhamos como ir à escola, que ficava distante de nossa casa. Para mim, não havia nada melhor do que a idéia de faltar às aulas e ficar brincando com minha irmã caçula. Quando estávamos nos despedindo de papai, sussurrei para Ayu que pegaríamos girinos no laguinho do quintal e os guardaríamos em vidros, como animais de estimação. Sorrimos, animadas.

Nossa felicidade não durou muito. Minha mãe de repente surgiu por trás de nós, com as mãos nos quadris, e disse:

– O que vocês estão fazendo aqui? Está ficando tarde, vão se vestir.
– Para quê? – perguntei.
Minha mãe arregalou os olhos.
– Para o seu casamento é que não é, ora essa! Para a escola, é claro.
Meu queixo caiu.
– Papai não está aqui, e nós não podemos ir à escola a pé.
Minha mãe sacudiu a cabeça e disse:
– Vocês não vão à escola a pé. Vou levá-las hoje. Na bicicleta do seu pai.

Olhando para o jardim, avistamos a bicicleta velhíssima encostada na goiabeira. O guidão estava amassado e torto, e o pedal direito não passava de um pedaço de ferro. Fazia anos que ninguém usava a bicicleta, e achei que ela talvez nem andasse.
Comentei com a mamãe que levaríamos tanto tempo indo à escola de bicicleta que estaríamos velhas quando chegássemos. Ela pediu que eu parasse de bancar a engraçadinha, ou deixaria minhas orelhas quentes e vermelhas.
Olhei para Ayu em busca de apoio. Ela disse que morreria de vergonha se fosse à escola naquela peça de museu. Minha mãe argumentou que não se lembrava de ter adotado a filha do primeiro-ministro.

“Portanto, hoje vocês vão à escola de bicicleta”, decretou. Fim de papo.

Com o coração na mão, vestimos o uniforme. Ayu andava de um lado para o outro, protestando contra a ditadura em que vivíamos.
Mamãe não disse nada a ela, mas sussurrou para mim: “Se sua irmã não parar, a casa vai cair, e vamos precisar morar debaixo de uma bananeira pelo resto da vida.” Eu sabia que ela tentava me fazer rir. Procurei ficar séria, para mostrar que ainda estava triste, mas não consegui.
Quando calçamos os sapatos, minha mãe já nos aguardava à porta, com a velha bicicleta. “Subam e fiquem à vontade!”, disse, com um sorriso.

Montamos na garupa. Ela era pequena demais para nós duas. Por isso, metade do meu bumbum ficava para fora.

E assim fomos. A bicicleta chacoalhava muito, e todas as pessoas por quem passávamos se viravam para ver de onde vinha o barulho. Ayu e eu tapávamos o rosto, de vergonha.

Os pneus estavam quase vazios; quer dizer, a bicicleta dava solavancos sempre que passava por uma pedra ou um buraco na estrada. Falei para mamãe que acabaríamos sofrendo de prisão de ventre. “Você pode ir para a cadeia por destruir o nosso aparelho digestivo”, acrescentou Ayu, com a voz trêmula.

Minha mãe riu e disse que nunca ouvira tamanho disparate. Além do mais, prisão de ventre não era tão ruim assim, em comparação com as outras doenças que assolavam o mundo.

Vinte e cinco minutos depois, chegávamos ao portão da escola. As aulas já haviam começado. Saltamos da bicicleta, esfregando as costas doloridas e os bumbuns assados. Avisamos à mamãe que aquela seria a última vez que andaríamos na bicicleta. De agora em diante, preferíamos ir a pé.

Ela esfregou nossas costas e disse: “Desculpem, mas não quero que minhas filhas percam aulas nem quero que acabem como eu, sem uma formação. Então, entrem logo e estudem por mim, está bem?”

Ela nos deu o dinheiro do almoço, e beijamos sua mão direita – em sinal de respeito –, como sempre fazíamos em casa, antes de papai nos levar à escola. Mas, quando meus
lábios tocaram a mão dela, senti um gosto salgado. Sua mão estava suada. Ao olhar para minha mãe com mais atenção, notei que seu rosto estava brilhando, vermelho, e seu tradicional baju kurung branco, com florezinhas azuis, achava-se ensopado. Ela estava ofegante.

Então tive um estalo: enquanto Ayu e eu reclamávamos da tortura da bicicleta assassina, mamãe se esforçava para nos levar adiante.

Fiquei com o coração apertado. Não entendia por que ela escolhera o caminho mais difícil, em vez de ficar em casa, descansando os pés.

Ao me arrastar em direção ao portão do colégio, as palavras que mamãe sempre nos dizia ecoavam em minha cabeça: “Minhas razões são mais fortes do que as de vocês, mas não se preocupem. Sei disso, porque sou sua mãe.”

domingo, 14 de março de 2010

Curiosidades



Como surgiu o código de barras ?

Nosso sistema de numeração é constituído por 10 algarismos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9) com os quais podemos escrever qualquer número. Esse sistema é chamado de base decimal. Podemos demonstrar qualquer número aplicando potências de base 10. Veja:

47 621 = 4 x 104 + 7 x 10³ + 6 x 10² + 2 x 10¹ + 1 x 100

No sistema binário (base 2), os números são escritos utilizando 0 e 1 e as potências de 2.
Veja:

21(base 10) = 10101(base 2)

Transformando o número na base 2 para base 10. Observe:

10101(base 2) = 1 x 24 + 0 x 2³ + 1 x 2² + 0 x 2¹ + 1 x 20 (de acordo com a posição do 0 e 1 elevamos a base 2 ao expoente adequado)

10101 Base 2
1 Posição 4: 24
0 Posição 3: 2³
1 Posição 2: 2²
0 Posição 1: 2¹
1 Posição 0: 20


1 x 24 + 0 x 2³ + 1 x 2² + 0 x 2¹ + 1 x 20
16 + 0 + 4 + 0 + 1
21

No código de barras, a barra preta significa 1 e a branca, 0. O número 10100001101, na base 2 é um código de barras simplificado.
Os preços dos produtos no comércio mostrados em código de barras são mais complexos, porém podemos estabelecer o código de barras abaixo na base 10.


10100001101base2 = 1 x 210 + 0 x 29 + 1 x 28 + 0 x 27 + 0 x 26 + 0 x 25 + 0 x 24 + 1 x 2³ + 1 x 2² + 0 x 2¹ + 1 x 20
1 x 1024 + 0 x 512 + 1 x 256 + 0 x 128 + 0 x 64 + 0 x 32 + 0 x 16 + 1 x 8 + 1 x 4 + 0 x 2 + 1 x 1
1024 + 0 + 256 + 0 + 0 + 0 + 0 + 8 + 4 + 0 + 1
1293

O número 1293 é o código de determinado produto. O leitor de código de barras do caixa faz a leitura óptica dos códigos e em frações de segundos efetua os cálculos chegando ao número 1293. Acessando uma lista de produtos procura qual foi cadastrado com esse número, registrando o valor no cupom.

Por Marcos Noé
Graduado em Matemática

Cartoon

Evoluindo com o tempo...


Como Surgiu a Internet ?


Como surgiu a internet ?
Podemos dividir a história da humanidade em três importantes eras: agrícola, industrial e digital. Na era digital a sociedade tem recebido o nome de “sociedade da informação”, aquela cuja cultura e economia dependem essencialmente da tecnologia, da comunicação e da informação. Em tese, todos participam de alguma maneira da interação, compartilhando o conhecimento com base nas informações que possuem.

Através da convergência tecnológica, o processo de troca de comunicação é muito facilitado. Hoje podemos processar informações variadas em uma só forma: a forma digital. Diferentes aparelhos são multifuncionais, fazendo uso somente de um pequeno chip. Através de celulares, por exemplo, acessamos a Internet, ouvimos rádio e músicas em formato mp3, enviamos e-mails, fotos, vídeos e mensagens curtas de texto (SMS), entre tantas outras funções.

A era é nova e o nome que deram à sociedade atual é pomposo. Deve-se ter cuidado, porém, em não generalizar, tendo em vista a realidade brasileira que é marcada pela exclusão digital. Com a queda de preços e o crescimento da Internet a inclusão digital tem aos poucos acontecido, mas ainda a passos de tartaruga.

Observemos o que nos ensina Hugo Assmann, professor e Doutor em Teologia, com ênfase em Filosofia da Educação:

“A sociedade da informação é a sociedade que está sempre a constituir se, na qual são amplamente utilizadas tecnologias de armazenamento e transmissão de dados e informação de baixo custo. Esta generalização da utilização da informação e dos dados é acompanhada por inovações organizacionais, comerciais, sociais e jurídicas que alterarão profundamente o modo de vida tanto no mundo do trabalho como na sociedade em geral.

No futuro, poderão existir modelos diferentes de sociedade da informação, tal como hoje existem diferentes modelos de sociedades industrializadas. Esses modelos podem divergir na medida em que evitam a exclusão social e criam novas oportunidades para os desfavorecidos. A importância da dimensão social caracteriza o modelo europeu. Este modelo deverá também estar imbuído de uma forte ética de solidariedade.

A mera disponibilização crescente da informação não basta para caracterizar uma sociedade da informação. O mais importante é o desencadeamento de um vasto e continuado processo de aprendizagem.”

Neste contexto, podemos falar da Internet. A Internet surgiu nos anos 60, na época da Guerra Fria, nos Estados Unidos. O Departamento de Defesa americano pretendia criar uma rede de comunicação de computadores em pontos estratégicos. A intenção era descentralizar informações valiosas de forma que não fossem destruídas por bombardeios se estivessem localizadas em um único servidor.

Assim, a ARPA (Advanced Research Projects Agency), uma das subdivisões do Departamento, criou uma rede conhecida por ARPANET, ligada por um backbone (“espinha dorsal”, isto é, estruturas de rede capazes de manipular grandes volumes de informações) que passava por debaixo da terra, o que dificultava sua destruição. O acesso à ARPANET era restrito a militares e pesquisadores, demorou chegar ao público em geral, pois temiam o mau uso da tecnologia por civis e países não-aliados.

No Brasil, a conexão de computadores por uma rede somente era possível para fins estatais. Em 1991, a comunidade acadêmica brasileira conseguiu, através do Ministério da Ciência e Tecnologia, acesso a redes de pesquisas internacionais.

Em maio de 1995, a rede foi aberta para fins comerciais, ficando a cargo da iniciativa privada a exploração dos serviços. Hoje, para conectar seu computador, o usuário paga os serviços de um provedor de acesso ou tem conexão direta.

O fenômeno Internet difere dos outros meios de comunicação conhecidos até agora, haja vista que a postura do receptor no rádio e na televisão é meramente passiva, enquanto em relação à Internet o receptor participa selecionando e emitindo informações.

Há várias maneiras de trocar e obter informações através da Internet, dentre as quais: World Wide Web (www), mecanismos de busca, e-mail (correio eletrônico), peer-to-peer, IRC (Internet Relay Chat), VoIP (voz sobre IP), listas de discussão, bate-papos e mensagens instantâneas. A própria rede, por sua vez, é acessada através de diversos meios, caracterizando o típico exemplo de convergência tecnológica, da facilitação no processo de troca de comunicação. A Internet está presente em computadores, celulares, palms, e diferentes aparelhos multifuncionais.

Voltemos ao tempo. Conseguimos nos imaginar sem esta maravilhosa invenção que hoje é uma oportunidade de atravessar fronteiras, derrubar barreiras e dividir idéias de forma única? Além de tudo, a internet aumenta a capacidade de leitura (também estimulando novas leituras), ajuda a encontrar informações, resolver problemas e, sem dúvida, a adquirir competências cada vez mais exigidas no mercado de trabalho. Fica no ar a pergunta, cuja resposta soa um tanto óbvia para a maior parte dos usuários desta ferramenta incomparável.

Carolina de Aguiar Teixeira Mendes
Consultora, Educadora e Pesquisadora

Curiosidades


A Caixa Preta

A Caixa preta é um aparelho utilizado em aviões que serve para registrar mensagens enviadas e recebidas à torre, condições do avião, conversas dentro da cabine, a variação da velocidade, a variação da aceleração, a variação da altitude e a variação da potência.

Diferente do nome que possui, a caixa preta é de cor alaranjada florescente, essa cor serve para facilitar sua localização em casos de acidentes. É feita de aço inoxidável e titânio, sendo assim resiste a temperaturas que cheguem a 1.100ºC, por até uma hora, e na água resiste a uma profundidade de 6.000 metros onde a pressão é de aproximadamente 20.000 pés. É composta por duas caixas do tamanho de uma caixa de sapato e são colocadas distante da cabine, na cauda.

A caixa preta foi inventada pelo cientista australiano Dr. David Warren, em meados de 1950, quando ocorria uma série de desastres aéreos no país, mas foi apresentado ao público somente em 1957. A princípio consideraram a caixa preta como uma forma de extrema vigilância e uma forma de manchar a memória dos pilotos acidentados apresentando sua posição face a morte.

Em 1958, os ingleses e os norte-americanos se interessaram pelo aparelho do Dr. Warren e passaram a utilizá-lo em seus aviões. Hoje, seu uso é obrigatório.

Por Gabriela Cabral


Entenda como funciona uma caixa-preta de avião
Publicidade da Folha de S.Paulo

Confira abaixo quadro que explica o funcionamento de uma caixa-preta, equipameto que armazena dados sobre o vôo.

Ciências - Curiosidades


Benefícios e Malefícios do Chiclete

Uma universidade da Inglaterra fez uma experiência com algumas pessoas e descobriu que ao mastigar várias vezes o chiclete os mecanismos do cérebro responsáveis pela memorização são ativados e os batimentos cardíacos são aumentados. O cérebro por sua vez funciona melhor por causa do aumento da circulação do sangue e do oxigênio.

Para alguns, a mastigação do chiclete ajuda a perder calorias, o fluxo da saliva aumenta e a produção de ácidos que causam cárie diminui. Mas, em contra partida, a mastigação de um chiclete não deve ser feita como a primeira refeição do dia, pois a produção de suco gástrico sem alimentos favorece o processo de gastrites e úlceras, além de sobrecarregar a mandíbula causando bruxismo e problemas na dentição.

Na Grécia antiga as pessoas mastigavam resina de árvore para fazer a higiene bucal, depois de muitas substâncias usadas para mascar, Thomas Adams teve a ideia de mastigar a borracha que usava e assim surgiu o primeiro chiclete.

Por Gabriela Cabral

Ciências - Curiosidades


A Doença Mais Antiga do Mundo

Atualmente, médicos e especialistas têm conhecimento acerca de inúmeras doenças, de todas elas a mais antiga é a hanseníase. Os primeiros registros dessa doença datam de 1350 a.C.. Apesar de ser muito antiga, o tratamento eficaz da doença só foi descoberto no começo dos anos 80, com o desenvolvimento da poliquimioterapia.

A hanseníase é provocada pela bactéria Mycobacterium leprae, também conhecida como Hansen, ela agride principalmente os nervos e a pele, podendo, em estágios mais graves, resultar em deformações. A lepra, como era conhecida, consome, resseca, agride e penetra na pele, deforma nervos, músculos e ossos.

No início ela provoca uma dor quase insuportável que logo passa e é substituída pela perda da sensibilidade e dos movimentos. O nome foi alterado por causa do preconceito com o qual os portadores da doença eram tratados, no Brasil a lepra passou a ser conhecida como hanseníase.

Em números absolutos de hanseníase, o Brasil é o segundo país no ranking, perdendo somente para a Índia.

Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola.com

sábado, 13 de março de 2010

História de Vida

Gêmeas xifópagas
A bela e comovente história das gêmeas xifópagas (ou siamesas) Kendra e Maliyah Herrin.
Por Por Cathy Free

Numa clínica em Salt Lake City, nos Estados Unidos, a técnica de ultrassonografia movia o transdutor em círculos lentos sobre a barriga de Erin Herrin. Aos 20 anos e já mãe de uma menina de 2, ela estava com 18 semanas da segunda gestação.

“Uau! Está vendo isso?”, disse a técnica, focalizando um par de imagenzinhas palpitantes. “Dois corações! Parabéns, você vai ter gêmeos!” Erin não ficou muito surpresa; sentira chutes a mais, embora a obstetra só conseguisse ouvir um batimento cardíaco nos primeiros exames. Ela sorriu para o marido, Jake, 21 anos, que estava ao lado segurando-lhe a mão. Então a técnica interrompeu o exame.“Esperem um minutinho”, disse ela. “Quero que o radiologista veja isso.” Os Herrins esperaram ansiosos até que o especialista chegou e estudou as imagens da ultrassonografia.

“Parece que vocês terão gêmeas xifópagas”, disse ele, como se pedisse desculpas. “Infelizmente, não sei lhes dizer mais nada.” E marcou uma consulta com um perinatologista na segunda-feira – dali a longos quatro dias.

Na volta para casa, Erin fez uma lista preliminar de perguntas sobre as suas futuras gêmeas: Por onde os bebês estão ligados? Podem ser separados? Terão uma vida normal, mesmo sendo xifópagas? Vão sobreviver? Jake, gerente de redes de computadores, tentou tranquilizá-la: “Não vamos entrar em pânico”, disse. “Talvez só estejam presas por um pedacinho de pele e dê para separar.”

Mas as gêmeas tinham muito mais em comum. Se chegassem a nascer, a única esperança de independência uma da outra e de alguém que cuidasse delas seria uma cirurgia de complexidade quase inimaginável. De fato, seria a primeira operação daquele tipo.

Gemêos Xifópagos
Quando chegaram em casa, naquele dia de outono de 2001, Jake e Erin pesquisaram sobre gêmeos xifópagos na Internet. Aprenderam que, em uma de cada 100 mil gestações, o óvulo fertilizado não se divide inteiramente em dois gêmeos idênticos e forma dois fetos unidos em algum ponto do corpo. Por motivos desconhecidos, cerca de 70% deles são meninas, e, na maioria, os órgãos internos comuns às duas são gravemente deformados. Até 60% dos gêmeos xifópagos nascem mortos; dos que sobrevivem ao parto, 35% vivem um dia apenas. O porcentual geral de sobrevivência é de 25%.

O primeiro caso de separação bem-sucedida ocorreu na Suíça, em 1689, um caso simples de gêmeos unidos superficialmente. Mas essas cirurgias continuaram quase inexistentes até que a técnica foi aperfeiçoada na década de 1950. Desde então, algumas dezenas de gêmeos foram separados no mundo todo. O porcentual de sobrevivência, dependendo de onde os gêmeos estão ligados, varia de 82%, no caso de uma ligação apenas pelo abdome, a zero, quando os dois têm o mesmo coração.

No consultório do perinatologista, o casal soube que suas gêmeas estavam unidas frontalmente, pelo abdome e pela pelve. Tinham duas pernas (cada gêmea controlava uma), um só fígado e um grande intestino. Para ter os bebês, Erin precisaria de uma grande incisão cesariana vertical, que talvez resultasse em muita perda de sangue. O médico disse que, por causa das graves complicações, Erin poria sua vida em risco se resolvesse continuar com a gravidez.

A orientação religiosa mórmon da família permite o aborto em alguns casos: quando o feto tem defeitos que impeçam sua sobrevivência após o parto, por exemplo, ou quando a vida da mãe corre perigo. Mas Erin disse que não era isso o que queria. Assim, o médico encaminhou o casal à Dra. Rebecka Meyers, chefe de cirurgia pediátrica do Centro Médico Infantil de Salt Lake City. Na primeira consulta, a Dra. Meyers disse aos Herrins que as gêmeas tinham sinais vitais fortes e boa probabilidade de chegar a termo.

“Jake e eu nos entreolhamos e vimos que tínhamos de ir em frente”, lembra Erin. “Não tivemos dúvidas.”



Gestação e nascimento das gêmeas
Na 26-ª semana de gravidez, Erin começou a perder sangue, e pouco depois a bolsa d’água se rompeu. Os médicos conseguiram evitar o aborto, mas mantiveram-na no hospital sob repouso absoluto. Deitada sempre de costas, dia após dia, ela mal ousava pensar em como seria depois do nascimento das crianças.

Em 26 de fevereiro de 2002, Kendra e Maliyah nasceram depois de sete meses de gestação. Juntas, pesavam 2,83 kg. “Eram lindas”, diz Jake. “Mas estavam grudadas.”
Pequenas demais para sobreviver por si sós, as gêmeas foram levadas para a unidade de terapia intensiva do hospital. A prematuridade não era o único problema. Quando tinham 3 dias de vida, os exames mostraram que só um dos três rins das meninas, o do lado de Kendra, funcionava. Ninguém sabia quanto tempo o órgão aguentaria as gêmeas, mas com o passar das semanas o estado das duas se estabilizou. Depois de dois meses na UTI, as meninas ficaram suficientemente fortes para ir para casa, e os pais começaram a pensar no futuro.

A separação era o mais importante. A melhor idade para separar gêmeos xifópagos é entre 6 e 12 meses, o suficiente para suportarem a cirurgia e bastante cedo para evitar problemas psicológicos, então o casal achou que as meninas aprenderiam a andar com uma perna só, com o auxílio de próteses. “Sabíamos que a reabilitação seria cara e complicada”, diz Erin. “Mas encontramos uma família em Seattle cujas filhas tinham passado pelas mesmas dificuldades e estavam muito bem.”

Na maioria dos aspectos, Kendra e Maliyah eram boas candidatas à operação. Em gêmeos xifópagos como as duas, o nível de sucesso era de uns 63%.

Mas quando Erin e Jake contaram suas esperanças à Dra. Meyers, ela gentilmente os desencorajou. Ninguém jamais havia tentado separar gêmeos que dependessem de um só rim, explicou. Essa operação traria dificuldades tremendas para Maliyah, que não tinha esse órgão. Se as meninas fossem separadas, ela precisaria de hemodiálise até recuperar-se da cirurgia, e depois teria de fazer um transplante de rim.

– Eu doaria meus dois rins, se isso a ajudasse – disse Erin.

A Dra. Meyers garantiu que um só bastaria.

– Você talvez seja a doadora perfeita – disse ela.

Bebês não suportam bem a diálise, e o corpo de Maliyah era pequeno demais para aceitar um órgão adulto.

– Quando ela terá tamanho suficiente? – perguntou Jake.

A resposta da médica partiu o coração do casal:

– Vamos ver como ela estará daqui a quatro ou cinco anos.

A rotina após o nascimento

Se cuidar de gêmeos recém-nascidos já é trabalhoso, cuidar de dois bebês com a mesma parte de baixo do corpo é mais difícil ainda.

As tarefas cotidianas eram assombrosas. As meninas precisaram de tubos de alimentação durante vários meses. Tinham dificuldade de dormir porque uma rolava por cima da outra ou a atingia com a mão. Quando uma delas se resfriava, a outra também adoecia.
Passaram o primeiro aniversário na UTI, com infecção respiratória. Em cada crise, Erin temia estar abandonando Courtney, a filha mais velha.

Mas a família se ajustou. Erin descobriu um jeito de arrumar as gêmeas no berço para que dormissem melhor. Fez roupas cortando e juntando outras peças. Quando as meninas não couberam mais numa cadeirinha comum no carro, o casal mandou fazer outra sob medida. Amigos e parentes ajudavam nas tarefas e nos cuidados com as duas.

Não demorou para que as gêmeas descobrissem que conseguiam se deslocar pulando de costas. Aprenderam a subir escadas, a se vestir e a pular na cama elástica. Certo dia, com 3 anos, Kendra gritou para Erin: “Olhe para nós, mãe!” As meninas tinham se posto de pé: algo que os médicos haviam dito ser impossível sem cirurgia.

Nessa época, os Herrins já sabiam que ter as gêmeas fora a decisão correta. O casal atravessara momentos difíceis após o nascimento de Courtney; chegaram a morar separados por algumas semanas. Agora estavam mais próximos do que nunca. Jake diz: “Percebemos que Kendra e Maliyah tinham nos deixado mais fortes.”

Quando o quarto aniversário das meninas se aproximou, os pais mal podiam esperar o dia em que pudessem ser separadas. Então, aconteceu algo ainda mais improvável que ter gêmeos xifópagos: como uma em cada sete milhões de mães, Erin engravidou de gêmeos outra vez. Não poderia doar o rim a Maliyah até se recuperar do parto de Austin e Justin. (Outros se ofereceram para doar, mas Erin era a melhor opção.) Ela e Jake começaram a ter dúvidas sobre a cirurgia. Kendra e Maliyah estavam aprendendo a usar o andador. Iam tão bem que às vezes o seu estado parecia mais uma bênção do que uma maldição.

“Eu sabia que sentiria falta de dar banho nas duas, de pô-las para dormir juntas”, diz Erin. “Eu as achava perfeitas do jeito que eram.”



Prós e contras da operação para separar as gêmeas xifópagas
Também era preciso levar em conta o trauma da separação. A Dra. Meyers garantiu ao casal que as filhas eram suficientemente fortes para sobreviver à operação inicial. Entretanto, Maliyah teria de fazer hemodiálise durante meses até se recuperar o bastante para receber o rim da mãe. Mais operações seriam necessárias para reconstruir o corpo das gêmeas. Pernas artificiais ajudariam a restaurar a mobilidade, mas, como as meninas não teriam o osso superior da perna, no qual se prendem as próteses comuns, os únicos aparelhos disponíveis eram grosseiros e desajeitados. Seria realmente justo ou necessário fazê-las passar por tantas dificuldades?

A Dra. Meyers não sabia dizer ao certo. Ainda assim, explicou a Erin e Jake que não fazer nada também era arriscado.

“Até agora, as meninas viveram bem com um só rim”, disse ela. “Mas, se começarem a crescer depressa, o órgão ficará sobrecarregado.”

Dilacerado, o casal rezou junto. Consultaram psicólogos infantis e especialistas em ética médica. Pediram conselhos a um grupo de apoio para pais de gêmeos xifópagos na Internet, com integrantes nos Estados Unidos e na Austrália. Mas, como diz Jake, ainda se sentiam sós, “como se fôssemos as únicas pessoas do mundo a passar por aquilo”.
Embora os Herrins não quisessem sobrecarregar as meninas com a decisão, as gêmeas acabaram decidindo.

“Quer dizer que vou poder brincar no computador enquanto Maliyah brinca de Barbie no outro quarto?”, perguntou Kendra, num dia em que Erin puxou o assunto. “E vamos poder dormir em camas separadas?”, acrescentou Maliyah.
Erin fez que sim, e as gêmeas riram, alegres.

O dia do corte, como diziam as meninas, foi marcado: 7 de agosto de 2006. Dois meses antes da cirurgia, Kendra e Maliyah foram internadas no Centro Infantil, onde os médicos inseriram em seu tronco balões expansores, que a cada semana recebiam um pouco mais de solução salina. Esses artefatos, muito usados em cirurgia reconstrutora, esticavam a pele das meninas a fim de que ela se dilatasse o suficiente para cobrir os tecidos que ficariam expostos com a separação. Para reduzir o desconforto, as gêmeas dormiam num colchão de areia macia.

Prepará-las psicologicamente também era importante. Erin fez uma corrente comprida de papel, para que pudessem fazer a contagem regressiva do grande dia. Os orientadores do hospital deram a cada uma um par de bonecas costuradas, que poderiam separar quando se sentissem prontas. Kendra separou as dela na mesma hora; Maliyah esperou até pouco antes da cirurgia.

Às 7 da manhã de 7 de agosto, as gêmeas foram levadas para a sala de cirurgia. Pareciam calmas, alegres até. A equipe do hospital decorara o corredor com cartazes que reforçavam a individualidade das meninas: Quem gosta de lagartas? Maliyah. Quem gosta de borboletas? Kendra. A maca ia parando em cada cartaz, transformando o caminho num tipo de caça ao tesouro. Entretanto, no último instante as duas começaram a chorar: “Não quero ir! Queremos ficar com vocês!”

Os pais as tranquilizaram, escondendo a própria ansiedade.

“Deixá-las ir”, diz Erin, “foi a coisa mais difícil que já fiz.”

“Separar gêmeos xifópagos nunca é fácil”, diz o Dr. Michael Matlak, um dos cirurgiões que operaram Kendra e Maliyah. Em cada caso a união é diferente, e sempre há a possibilidade de algo dar fatalmente errado.

A equipe tinha seis cirurgiões, cinco outros especialistas e mais de 25 enfermeiras e técnicos. Com a Dra. Mey­ers atuando como diretora, levaram 16 horas para dividir o tronco das meninas, refazer o sistema circulatório e dar, a cada uma, parte do fígado e dos intestinos. Então, pouco depois da meia-noite, a equipe se dividiu em dois grupos: o de Maliyah, encabeçado pelo Dr. Bradford Rockwell, e o de Kendra, pelo Dr. Matlak.

“Meu Deus, o que fizemos?!”, exclamou o Dr. Matlak quando viu o rasgo imenso onde antes as gêmeas estavam unidas. O cirurgião pediátrico já realizara meia dúzia de separações, mas nunca tivera de enfrentar cortes tão grandes como aqueles. Não tinha certeza de que houvesse pele suficiente em Kendra para cobrir o abismo que se abria em metade do seu corpo.

Os colegas calaram-se e o Dr. Matlak saiu para se recompor. Numa sala vizinha, encontrou os pais das gêmeas reunidos à família. O cirurgião lhes contou sua preocupação com Kendra, e o grupo começou a orar. O Dr. Matlak voltou à sala de cirurgia com as dúvidas aliviadas.

“Tudo bem”, disse ele, ao preparar-se para levar Kendra para a sala ao lado. “Vamos fechá-la.”

Nas dez horas seguintes, as duas equipes trabalharam ao mesmo tempo para reconstruir a pelve e a parede abdominal de cada menina. Houve pele suficiente para cobrir as incisões das duas; no caso de Kendra, foi por pouco. Às 9h30 da manhã seguinte, as gêmeas dormiam na UTI, pela primeira vez em camas separadas. As enfermeiras juntaram as camas, para que quando acordassem pudessem se dar as mãos.

Quando os Herrins viram as filhas, abraçaram-se e choraram. Os cirurgiões também se emocionaram. O Dr. Matlak foi para um quarto vazio, onde deu vazão às lágrimas. “Fiquei inundado de alegria e gratidão”, lembra.

A Dra. Meyers verificou os sinais vitais das meninas; espantou-se ao ver que a pressão arterial e os batimentos cardíacos ainda eram idênticos.

“Os gêmeos têm uma ligação especial”, disse ela. “Não há dúvida disso.”
Courtney, que tinha 6 anos, ficou menos contente com o resultado. “Ma­mãe, papai, por que separaram as duas? Eu gostava delas como eram!”



Pós operatório e recuperação

O sofrimento das gêmeas não tinha acabado. Ficaram mais 12 semanas no hospital. Maliyah tinha de fazer hemodiálise três dias por semana, o que a deixava tão mal que tinha alucinações. Kendra teve de ser operada por causa de uma obstrução intestinal. A pele em volta das incisões das duas começou a se retrair e exigiu tratamento com aspiradores especiais que sugam os tecidos mortos e estimulam a regeneração.

Em abril de 2007, quando Maliyah já poderia receber o rim da mãe, o casal estava emocionalmente esgotado.

“As meninas tinham chegado à beira da morte e voltado, e a família toda fora junto. Tínhamos de dar o último passo, mas foi dificílimo”, diz Erin.

O transplante foi bem-sucedido, mas só o tempo responderá à pergunta que persegue os Herrins: todo o sofrimento das gêmeas xifópagas valeu a pena?



Uma nova vida se inicia para as gêmeas: o valor da individualidade

– Kendra, depressa! – grita Maliyah, batucando o teclado no escritório dos pais. – Vou lhe mandar um e-mail!Subindo numa cadeira próxima, a irmã gêmea olha o outro computador. “Querida Kendra”, diz a mensagem na caixa de entrada, “você é a minha melhor amiga. Com amor, Maliyah.”Ao digitar a resposta, Kendra dá uma olhada na irmã.
– Não pode olhar agora – avisa Maliyah. – É segredo.

As gêmeas de 6 anos ainda precisam de mais cirurgias para corrigir a coluna (que formava um V enquanto estavam unidas), mas, em quase todos os aspectos, estão indo muito bem. Brincam com outras crianças, fazem aula de nata&ção e já começaram a estudar. Os pais esperam em breve conseguir-lhes pernas meccânicas. Enquanto isso, as meninas estão aprendendo a usar muletas, embora Maliyah ainda prefira andar sentada pelo chão.
As gêmeas não esqueceram os dias em que estavam unidas.
“Às vezes fingimos que ainda estamos juntas”, diz Kendra. “Mas agora podemos fazer mais coisas.”
Podem guardar segredos uma da outra. Podem brincar de esconde-esconde com os irmãos e Courtney, que percebeu que a separação das irmãs, na verdade, aumentou sua diversão. Podem decorar seus quartos e escolher fantasias diferentes para a festa de Halloween.
“Coisinhas assim fazem uma diferença enorme”, diz Erin. “Quero que elas cresçam achando que tudo é possível.”
Entretanto, num ponto importante as meninas não mudaram. Algumas noites, quando Erin e Jake vão ver como estão, descobrem que uma delas foi para o quarto da outra. Kendra e Maliyah estão aconchegadas na mesma cama, lado a lado, como desde o princípio estiveram.


Matéria da Revista Seleções

Cartoon

Reflexão Francesa Sobre a Educação
de Ontem e de Hoje


Reflita você também!


Copa do Mundo

Jogos do Brasil na Copa já têm data e horário definidos


Seleção de Dunga faz sua primeira partida no dia 15 de junho, às 16h30, contra a Coréia do Norte, e depois enfrenta Costa do Marfim e Portugal, respectivamente. Mário André Monteiro, iG São Paulo

SÃO PAULO - A seleção brasileira foi sorteada como cabeça de chave do grupo G da Copa do Mundo de 2010 e conheceu seus três adversários da primeira fase do Mundial. A primeira seleção a cair na chave do Brasil foi a Coréia do Norte, adversário teoricamente mais fraco. Mas os outro dois são complicador: Costa do Marfim e Portugal.


A estreia será no dia 15 de junho, às 15h30 (horário de Brasília), no estádio Ellis Park, na cidade de Joanesburgo. No dia 20 de junho, o Brasil volta a campo para fazer sua segunda partida na Copa, também às 15h30, contra a Costa do Marfim, considerada a equipe mais forte da África. A seleção encerra sua participação na primeira fase no dia 25 de junho, às 11h, contra Portugal de Cristiano Ronaldo.

Programação dos jogos da seleção brasileira na primeira fase da Copa:

15/06 - 15h30 - Brasil x Coréia do Norte (Joanesburgo)
20/06 - 15h30 - Brasil x Costa do Marfim (Joanesburgo)
25/06 - 11h00 - Brasil x Portugal (Durban)

Caso o Brasil se classifique para as oitavas-de-finais, o cruzamento nessa chave será contra o grupo H, o mesmo que tem Espanha, ao lado de Chile, Honduras e Suíça.

O jogo de abertura da Copa do Mundo será África do Sul x México, às 12h (de Brasília), em Joanesburgo, no estádio Soccer City.


Copa de 2014 deverá trazer 600 mil turistas ao Brasil


Seiscentos mil turistas deverão vir ao Brasil para assistir à Copa do Mundo de 2014, o significará um aumento de 12% no fluxo normal de visitantes estrangeiros no país. A previsão foi feita pelo assessor especial de Futebol do Ministério do Esporte, Alcino Rocha, durante a Rodada Nordestina Rumo à Copa de 2014, iniciada hoje (10), em Salvador.

Segundo os primeiros números de estudo sobre os impactos econômicos da realização do Mundial de Futebol no Brasil, divulgados por Rocha durante o encontro, no período de 2009 a 2014, serão gerados 330 mil empregos e o consumo, no mesmo intervalo, terá aumento de R$ R$ 5,1 bilhões. “Isso será fruto dos investimentos que serão feitos no Brasil para receber a Copa.”, afirmou Rocha.


O estudo indica ainda que R$ 11,5 bilhões serão investidos em mobilidade urbana, dos quais R$ 7,7 bilhões serão de financiamentos públicos. “Já a modernização dos portos brasileiros receberá recursos de R$ 700 milhões e os 14 aeroportos das cidades-sede receberão R$ 4,8 bilhões para modernização e ampliação”, acrescentou o assessor do Ministério do Esporte.

No encontro, Alcino Rocha assegurou também que as reformas dos estádios já estarão concluídas para a Copa das Confederações, em 2013.

Geografia Viva - O Tempo


Novo Furacão na Costa Brasileira


Seis anos depois de o furacão Catarina ter provocado três mortes e uma destruição estimada em R$ 1 bilhão no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a costa do Sul do Brasil voltou a ser ameaçada por um novo ciclone tropical.

A Nasa (agência espacial americana) classificou o fenômeno como a segunda tempestade tropical já registrada no Atlântico Sul. A primeira tinha sido o Catarina.

A formação do fenômeno se deu a pelo menos 200 km do litoral catarinense e norte gaúcho, aproximadamente no paralelo 30º Sul.

De acordo com a avaliação da MetSul Meteorologia, é possível que este tenha sido o ciclone tropical registrado no ponto mais meridional do Oceano Atlântico até hoje –o que é incomum porque é uma região de águas frias.

Volátil, o ciclone que era subtropical (quando o centro do fenômeno é frio, comum no Sul do Brasil) na terça-feira (9), evoluiu para tropical (centro quente) na quarta, atingindo o seu auge (ventos de 64 km/h) na madrugada desta quinta, até perder força e se afastar ainda mais da costa.

Meteorologistas brasileiros e a NOAA (autoridade meteorológica dos EUA) confirmaram que se tratava de um ciclone tropical a partir de imagens captadas por satélites da Nasa.

Segundo a convenção científica, a evolução para a categoria furacão ocorre quando se registram ventos superiores a 118 km/h. O episódio trouxe à memória dos cientistas a destruição causada pelo Catarina seis anos antes.

“Aquele foi o primeiro furacão observado no Atlântico Sul”, disse o meteorologista da Nasa Hal Pierce, em nota divulgada pela agência hoje.

Especialistas no estudo de furacões afirmam que ainda não existe uma massa de dados consistentes para atribuir o Catarina ou o ciclone tropical desta semana a mudanças climáticas no planeta.

Apesar da raridade do sistema e de seu potencial destruidor, seus efeitos foram brandos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. O fenômeno trouxe chuva e ventos de 40 km/h para o litoral. A Marinha emitiu alertas para o risco de navegação na região.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Notícias do Mundo

Holandesa que ajudou Anne Frank a fugir do nazismo morre aos 100 anos
A última sobrevivente de um pequeno grupo de pessoas que ajudou Anne Frank e sua família a se esconderem dos nazistas em Amsterdã durante a Segunda Guerra Mundial e preservou os diários da menina morreu aos 100 anos de idade.

A assistente administrativa holandesa Miep Gies foi uma das pessoas não-judias que forneceram mantimentos à família judia de Frank em um depósito secreto em Amsterdã, entre julho de 1942 e agosto de 1944, quando o local foi invadido pela SS nazista.

Gies morreu na noite de segunda-feira vítima de uma rápida doença, segundo nota no seu site oficial.

“Não há nada de especial ao meu respeito", escreveu ela em um livro lançado em 1987. "Nunca quis atenção especial. Só estava disposta a fazer o que me pediram e o que pareceu necessário na época."

Depois de Anne e sua família serem levados para campos de concentração, onde a menina morreu em 1945, Gies salvou os diários escritos por ela e os entregou ao pai de Anne, Otto, que sobreviveu ao nazismo e publicou os registros em 1947.

Isso tornou Anne Frank mundialmente famosa após sua morte. Hoje traduzidos em mais de 70 idiomas, os diários continuam sendo um dos livros mais vendidos do mundo, descrevendo vividamente os anos da guerra.

Depois da guerra, Gies realizou conferências para manter viva a memória de Anne Frank e se correspondeu com pessoas do mundo todo. Também fez campanha contra negativas do Holocausto e outras causas.

Acredite se quiser ! Mas, é verdade.

Tubarão gigante é pescado na costa do Vietnã

Quando ouvimos falar de monstros, fantasmas e animais gigantes, perguntamos: em que filme ? Do diretor Spilberg ? ou Ah!, isso é história de pescador, contos da carochinha ... Nem sempre, de fato é de espantar! Mas, reparem neste fato ocorrido recentemente na costa do Vietnã!

Pescadores retiram um tubarão de uma tonelada e 5 m de comprimento, na costa da província de Phu Yen, no centro do Vietnã, ontem (05 de fevereiro), por volta das 08h.

As autoridades ofereceram uma recompensa de aproximadamente R$ 1 mil para quem capturasse um tubarão que teria atacado dezenas de banhistas.

Os especialistas vão estudar o animal para identificar sua espécie e se realmente é o responsável pelos ataques.

Desta vez o filme virou realidade.





O Sonho do Imperador


Alcides do Nascimento Lins, uma luz que brilhará eternamente.
Aparentemente não sendo da nossa conta, certas histórias nos comovem e a gente sente e entende a dor de quem as vivencia.A história do garoto pobre, filho de uma catadora de lixo, que quebrou barreiras e transpôs os obstáculos do problema social: Primeiro lugar no curso de Biomedicina da Universidade Federal de Pernambuco.Esse rapaz era o exemplo vivo de que se podem mudar as condições que nos são oferecidas pela vida.Independente das adversidades apresentadas, se não somos apenas um número na imensa multidão, nós fazemos a diferença.Milhões e milhões de pessoas habitam esse mundo. Infelizmente ou felizmente, em sua maioria seguem uma rotina geral. Nascem, crescem e morrem nos ambientes que lhes foram destinados. Cumprem os seus destinos de cidadão, obedecendo as leis e os princípios básicos de uma boa convivência em família, comunidade, estado, país e mundo. Não se rebelam e nem tentam mudar qualquer imposição do Sistema, mesmo que lhes pareçam inadequadas ou injustas.Nesses milhões, infelizmente ou felizmente, existem aqueles que não aceitam seguirem uma rotina geral. Eles não são apenas mais um número. Observam, pensam, questionam e procuram um jeito de transformar ou modificar o que consideram inadequado ou injusto. Se precisarem infringir as leis e ir contra o Sistema para fazerem valer as suas convicções, certamente não hesitarão um segundo sequer. São pessoas que não se mecanizam junto com o Sistema e fazem a diferença.Alcides do Nascimento Lins mostrou claramente ser diferente. Poderia seguir sua vida normalmente e não buscar outros caminhos.Pelas condições desfavoráveis apresentadas em sua humilde vida, terminaria com sacrifício o ensino médio e arranjaria um emprego conivente com o seu status social. Isso se ele não fosse diferente! Contra tudo ele lutou (imagine um negro e pobre em nossa sociedade que mascara o preconceito!) e estava mostrando que não seria mais um número em sua comunidade.Tragicamente, em uma dessas tantas fatalidades que acontecem, teve a vida ceifada de maneira estúpida e covarde por assassinos. Assassinos que, infelizmente, são também mais um número nos milhares de números que existem na criminalidade.Para a polícia, o mataram por engano e no lugar de outro. Logo ele, que não um era outro, era diferente.No ano de sua formatura não ganha diploma e nem anel, somente um caixão e uma fria sepultura.Eu não saberia afirmar se essa tragédia teria sido evitada se ele fosse mais um número nessa imensa multidão. É algo que eu não sei dizer.O que posso afirmar é que se ele fosse comum eu não ficaria conhecendo a sua história e não estaria escrevendo essa crônica sentindo um aperto em meu coração.Alcides do Nascimento Lins morreu tragicamente aos vinte e dois anos de idade, mas enquanto vivia foi uma luz de esperança a iluminar os caminhos dos cidadãos comuns de sua comunidade. Esse rapaz fez a diferença onde morou e é por isso que eu presto-lhe essa simples homenagem, porém sincera de coração e de alma.Nesse texto dou meus pêsames aos familiares do jovem barbaramente assassinado e muito triste confesso que me emocionei demais com a história dessa luz chamada Alcides do Nascimento Lins.Uma luz que brilhará eternamente.



Oportunidade


Atenção professores e alunos!
Cidadania Pré-vestibular para afrodescendentes abre vagas 2010

O Instituto Oficina da Cidadania promove nesta segunda-feira, 08, às 17:30h, na sede da FETAG-BA, o lançamento do projeto 2010 do Cidadania Pré-vestibular para Afrodescendentes de Escola Pública. O projeto, uma iniciativa da ONG Oficina da Cidadania, tem o apoio da Prefeitura Municipal, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/Uesb, da FETAG-BA e da DIREC-20.Na última temporada de vestibulares, 22 alunos do pré-vestibular foram aprovados. A coordenadora administrativa do projeto, Ana Lúcia Santos, afirmou que a aprovação dos alunos em universidades públicas é fruto da dedicação dos professores e dos próprios alunos, que empenham-se durante oito meses no ano para obter este mérito. O presidente do Instituto Oficina da Cidadania, Élvio Magalhães, lembra que o projeto faz parte das políticas afirmativas que vem sendo desenvolvidas no País.Ações 2010 - As inscrições para a seleção do projeto pré-vestibular 2010 já estão abertas e irão até o dia 09 de abril, na sede do Instituto Oficina da Cidadania, na Avenida Pernambuco, 550, bairro Brasil. O curso é destinado prioritariamente a pessoas afrodescendentes de escolas públicas e de baixa renda. O valor da inscrição para seleção é de R$ 15,00 e é necessário apresentar uma foto 3x4, RG e CPF. Nesta primeira etapa não precisa apresentar cópia de nenhum dos documentos solicitados.A seleção acontecerá dia 18 de abril de 2010, domingo, das 80h às 12h30, no Centro Integrado de Educação Navarro de Brito/CIENB. O curso terá duração de 900 horas, divididos em 09 meses e disponibilizará 100 vagas para o turno noturno e 100 vagas para o diurno. Acesse aqui o edital com as informações completas.O curso contará com professores qualificados, módulos de estudos, inscrição gratuita no vestibular da Uesb, biblioteca equipada e meia passagem estudantil. Mais informações pelos telefones: (77) 3087-1002 / (77) 3421-6309/ (77) – 3421-5889.Seleção de professores - O Pré-Vestibular para Afrodescendentes também está selecionado professores para o ano de 2010.
8 de Março
Conheça um Pouquinho Sobre o Dia Internacional da Mulher

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Objetivo da Data
Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras
Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

Marcos das Conquistas das Mulheres na História
1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.
1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas
1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres
1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças
1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina
1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres

Parabéns !


terça-feira, 9 de março de 2010

Na sala de aula


7 Dicas Para Dar Boas Aulas

1 – Incite, não informe
Uma boa aula não termina em silêncio, ou com os alunos olhando para o relógio. Ela termina com ação concreta. Antes de preparar cada aula, pergunte-se o que você quer que seus alunos aprendam e façam e como você os convence disso?
Olhe em volta, descubra o que pessoas, nas mais diferentes profissões, fazem para conseguir a atenção dos outros. Por exemplo, ao fazer um resumo de uma matéria, não coloque um “título”; imagine-se um repórter e coloque uma manchete. Como aquela matéria seria colocada em um jornal ou revista? Use o espírito das manchetes, não seja literal, nem tente ser um professor do tipo:
Folha: Números Primos encontrados no congresso. 68% dos outros algarismos são contra.
IstoÉ: Denúncia: A conta secreta de Maurício de Nassau. Fernando Henrique poderia estar envolvido, se já fosse nascido.
Zero Hora: O Mar Morto não fica no Rio Grande do Sul. Apesar disso, você precisa conhecê-lo.
Caras: Ferro diz que relacionamento com oxigênio está corroído: “Gás Nobre coisa nenhuma”.

2 – Conheça o ambiente
Você nunca vai conseguir a atenção de uma sala sem a conhecer. Onde moram os alunos e como eles vivem – quem vem de um bairro humilde de periferia não tem nada a ver com um morador de condomínio fechado, apesar de, geograficamente, serem vizinhos. Quais informações eles tiveram em classes anteriores, quais seus interesses. Mesmo nas primeiras séries cada pessoa tem suas preferências e o grupo assume determinada personalidade.

3 – No final das contas (e no começo também)
As partes mais importantes de uma aula são os primeiros 30 e os últimos 15 segundos. Todo o resto, infelizmente, pode ser esquecido se você cometer um erro nesses momentos.
Os primeiros 30 segundos (principalmente das primeiras aulas do ano ou semestre) são um festival de conceituação e de cálculo dos discentes. Mesmo inconscientemente, eles respondem às seguintes questões:
- Quem é esse professor? Qual seu estilo?
- O que posso esperar dessa aula hoje e durante todo o ano?
- Quanto da minha atenção eu vou dedicar?
E isso, muitas vezes, sem que você tenha aberto a boca.

4 – Simplifique
Você certamente já presenciou esse fenômeno em algumas palestras: elas acabam meia hora antes do final. Ou seja, o apresentador fala o que tinha que falar, e passa o resto do tempo enrolando. Ou então, pior, gasta metade da apresentação com piadas, truques de mágica, histórias pessoais que levam às lágrimas, “compre meu livro” e aparentados, e o assunto, em si, é só apresentado no final – se isso.
Por isso, uma das regras de ouro de uma boa aula é – simplifique, tanto na linguagem como na escrita. Caso real: reunião de condomínio na praia, uma senhora reclamava que sua TV não funcionava direito.
Explicaram-lhe que era necessário sintonizar em UHF. Ela então perguntou para quê a diferença entre UHF e VHF. Um vizinho prestativo passou a discorrer sobre diferenças na recepção, como uma transmissão poderia interferir na outra, nas características geográficas… Ela continuava com aquela cara de quem não entendia nada. Até que um garoto resumiu a questão em cinco letras:
“AM e FM.”
“Ahhh, entendi.”
Escrever e falar da maneira mais simples possível não significa suavizar a matéria ou deixar de mencionar conceitos potencialmente “espinhosos”. Use e abuse de exemplos e analogias. Divida a informação em blocos curtos, para que seja melhor assimilada.

5 – Ponha emoção
Certo, você tem PhD naquela área, pesquisou o assunto por meses a fio, foi convidado para dar aulas em faculdades européias. Mesmo assim, seus alunos podem não prestar atenção em você. Segundo estudos, o impacto de uma aula é feito de:
- 55% estímulos visuais – como você se apresenta, anda e gesticula;
- 38% estímulos vocais – como você fala, sua entonação e timbre;
- e apenas 7% de conteúdo verbal – o assunto sobre o qual você fala.
Apoiar-se somente na matéria é uma forma garantida de falar para a parede, já que grande parte dos alunos estará prestando atenção em outra coisa. Treine seus gestos, conte histórias, movimente-se com naturalidade. Passe sua mensagem de forma intererssante.
Para o bem e para o mal, você dá aula para a geração videoclipe. Pessoas que foram criadas em frente aos mais criativos comerciais, em que videogames mostram realidades fantásticas. Entretanto, a tecnologia deve ser encarada como aliada, e não inimiga – apresentações multimídia, aparelhos de som, videocassetes – tudo isso pode ser usado como apoio à sua aula.

6 – A pedra no sapato
Pode ser a bagunça da turma do fundão. No ensino médio e superior, pode ser aquele aluno que duvida de tudo o que você diz pelo simples prazer de duvidar. Ou pode até ser um livro esquecido, ou computador que resolve não funcionar.
De qualquer maneira, grande parte do sucesso de sua aula depende de como você lida com esses inesperados. Responda a uma pergunta de maneira rude ou desinteressada, e você perderá qualquer simpatia que a classe poderia ter por você. Seja educado e solícito – a pior coisa que pode acontecer a um professor é perder a calma.
A razão é cultural e muito simples: tendemos sempre a torcer pelo mais fraco. Neste caso, seu aluno. A classe inteira tomará partido dele, não importa quem tenha a razão.
Se um discípulo fizer um comentário rude, repita o que ele disse e fique em silêncio por alguns instantes – são grandes as chances de ele se arrepender e pedir desculpas. Se for preciso, diga algo como “Estou pensando no que você disse. Podemos falar sobre isso após a aula?” Outra forma de se lidar com a situação é responder a questão na hora, ponderadamente – e para toda a classe, não apenas para quem perguntou. Termine sua exposição fazendo contato visual com outro aluno qualquer, por duas razões – a expressão dele vai lhe dizer o que a turma inteira achou do que você disse, ao mesmo tempo que desistimula outras participações inoportunas do aluno que o interrogou.
Não transforme sua aula em um debate entre você e um aluno – há pelo menos mais 20 e tantas pessoas presentes que merecem sua atenção.

7 – Pratique
Sua aula, como qualquer outra ação, melhora com o treino. Muitos professores se inteiram da matéria, e só treinam a aula uma vez – exatamente quando ela é dada, na frente dos alunos. Não é de se admirar que aconteçam tantos problemas com o ritmo – alguns tópicos são apresentados de maneira arrastada, outras vezes o professor termina o que tem a dizer 20 minutos antes do final da aula. Sem falar nos finais de semestre em que se “corre” com a matéria.

Só há uma maneira de evitar tais desastres. Treine antes. Dê uma aula em casa para seu cônjuge/filhos ou, na falta desses, para o espelho. Não use animais de estimação, são péssimos alunos – seu cachorro gosta de tudo o que você faz e os gatos têm suas próprias prioridades, indecifráveis para as outras espécies. E o que se busca com o treino é,principalmente, uma crítica construtiva.

Dinâmicas de Grupo






BAÚ DE IDÉIAS



Neste espaço vamos colecionar atividades que deixarão as aulas de educação física mais ricas e dinâmicas. Nossa intenção é divulgar experiências realizadas em várias regiões brasileiras e, para isso, contamos com sua colaboração.

RODA-GIGANTE
Todos os participantes sentam-se formando um grande círculo e são numerados, por exemplo, de 1 a 4 (essa seqüência muda de acordo com o número total de alunos). Em seguida, um número é chamado pelo professor ou por um aluno e todos os que tiverem esse número deverão dar uma volta em torno do círculo até chegar ao seu lugar, tentando pegar o colega da frente e evitando ser pego pelo que está atrás.

DONO DA RUA
Todos os participantes sentam-se formando um grande círculo e são numerados, por exemplo, de 1 a 4 (essa seqüência muda de acordo com o número total de alunos). Em seguida, um número é chamado pelo professor ou por um aluno e todos os que tiverem esse número deverão dar uma volta em torno do círculo até chegar ao seu lugar, tentando pegar o colega da frente e evitando ser pego pelo que está atrás.



O GAVIÃO E OS PINTINHOS
Nessa atividade, os alunos devem ser dispostos em fila e segurar um na cintura do outro. Um aluno ficará de fora e será o gavião. O último aluno da fila será o pintinho. O gavião deve tentar pegar o pintinho, e a fila, sem se desmanchar, deve deslocar-se de um lugar a outro para impedir que o gavião alcance o seu objetivo. Após algum tempo, faz-se o rodízio entre os alunos. Quem conseguir pegar o pintinho continua sendo o gavião.



MÃE CORRENTE
Um dos alunos começa a atividade como pegador. A criança que ele tocar deve dar-lhe a mão, formando uma corrente. Em seguida, os dois, de mãos dadas, devem tentar pegar outros companheiros. Quem for apanhado se junta à corrente (ela não pode se romper). Nessa brincadeira, vence quem for pego por último.



FECHAR A PORTA
Todos os alunos se dão as mãos e formam um círculo, exceto um deles, que ficará de fora. Este corre ao redor do círculo e bate nas costas de um companheiro, que fala "porta aberta", abandona seu lugar e sai correndo em sentido contrário ao do colega. O objetivo de ambos deve ser alcançar o lugar vago para "fechar a porta". O aluno que chegar por último continuará correndo e repetirá a brincadeira.



GRUPOS DOS IGUAIS
Os alunos correm pela quadra e devem formar grupos de acordo com o que o professor falar. Exemplo: mês em que nasceu, dia em que nasceu, primeira letra do nome, bairro onde mora, etc.


NOME COM MOVIMENTO
Os alunos formarão um círculo e, em seguida, cada um deve ir ao centro dele para dizer seu nome em voz alta e ao mesmo tempo fazer um movimento corporal. Depois que o último aluno voltar ao seu lugar, o grupo todo diz o nome de um companheiro e imita o movimento feito.


QUEM SABE MAIS
Depois dessas atividades em que os alunos apresentarão seus nomes à turma, o professor pergunta quem do grupo conhece mais nomes. Aquele que se apresentar deve se dirigir ao meio do círculo, falar o nome das pessoas e apontar para elas.


FORMAS COM O CORPO
Dividir a turma em grupos com o mesmo número de componentes e pedir que se espalhem pela quadra. Após ouvir uma palavra dita pelo professor, cada grupo deverá compor com seus corpos, sem falar, uma imagem correspondente à palavra dita. O professor deve dar um tempo para a criação das formas antes de dizer uma nova palavra. Sugestões de palavras: casa - coração - avião - cama - carro, etc.


CONHECENDO OS SEUS AMIGOS
Depois da divisão da turma em pequenos grupos, os alunos deverão sentar e conversar entre os componentes de seu grupo para que todos se conheçam melhor. Depois de um certo tempo, a turma forma um círculo e um representante de cada grupo vai apresentar os seus amigos para toda a turma, contando as características de cada um e o que mais foi discutido entre o grupo.


QUEM FALTA?
Os alunos ficarão sentados, dispersos pela quadra. Será escolhido um dos alunos que ficará de olhos fechados. Um segundo aluno será escolhido e sairá da quadra indo para um local que não poderá ser visto. O aluno que está de olhos fechados, poderá abri-los e em duas chances tentará adivinhar quem está faltando, sem sair do seu lugar. O professor será o responsável por escolher os alunos.


O DIRETOR DA ORQUESTRA
Os alunos estarão formando um círculo, o professor escolherá um aluno que será o adivinho, e pedirá que este aluno saia da quadra. O professor indicará a outro aluno que realize uma série de movimentos, que o resto do grupo irá imita-lo, observando-o de maneira discreta. Ao aluno que se retiro, será pedido que retorne, enquanto o grupo estará fazendo movimentos de maneira uniforme, como este aluno não sabe quem é que está comandando os movimentos, tentará em duas chances, adivinhar quem é o diretor da orquestra. Uma vez que adivinhe, será feita a mudança de quem é o diretor da orquestra e de quem irá adivinhar.


QUANDO EU FOR A PARIS
Sentados, os alunos formarão um círculo ou uma fileira, o primeiro aluno irá dizer: "QUANDO EU FOR A PARIS VOU LEVAR..." por exemplo ele diz: uma maleta. O segundo aluno irá dizer: "QUANDO EU FOR A PARIS VOU LEVAR: UMA MALETA E UM CHAPÉU". Ou seja, vai dizer o que foi dito antes e mais um novo objeto, e assim sucessivamente, até que um dos alunos se equivoque e esqueça de dizer um dos objetos, aí o jogo se reiniciará. O jogo será encerrado quando todos os alunos falarem o objeto que irão levar na sua viagem.


PATO, PATO, OCA
Os alunos estarão em circulo, um dos alunos estará andando por fora do circulo, e tocando a cabeça dos alunos que estão no circulo irá lhes dizer: PATO, PATO, PATO, e em um certo momento irá dizer OCA,e sairá correndo em um sentido, este aluno que foi escolhido, sairá correndo no outro sentido, ganhará quem chegar primeiro ao lugar desocupado. Quem ficar de fora, continuará caminhando em volta do circulo, reiniciando a atividade.


JOÃO PALMADAS
Os alunos estarão em círculo, de frente para o interior do circulo, colocarão uma de suas mãos nas costas com a palma para cima. Andando por fora do circulo estará o JOÃO PALMADA, que em um momento, dará uma palmada na mão de um amigo, neste momento sairão correndo em sentidos opostos até o momento de encontrar-se em um ponto médio, aonde irão dar-se as mãos cumprimentando-se, e voltarão correndo para o lugar desocupado, o primeiro que chegar se salvará e o outro continuará como JOÃO PALMADA.


O VIGILANTE DO MUSEU
Um dos alunos será o vigilante do museu e estará em um dos lados da quadra, no outro lado estarão os demais alunos, que serão as estátuas travessas. O vigilante estará de costas para eles que neste momento, avançarão em direção ao vigilante. Sem avisar, o vigilante irá virar ficando de frente para as estátuas, que ficarão imóveis. Se alguma estátua se mexer ou não parar, voltará para a linha de inicio. O vigilante ira se virar, ficando novamente de costas, dando inicio ao deslocamento das estátuas. Até que se vire para detê-las. O primeiro aluno que chegar no vigilante passará a ocupar o seu lugar, e começara novamente o jogo.


COLOCAR-SE NA FILA
Os alunos são divididos em grupos e formam colunas, devendo segurar um na cintura do outro. Separam-se alguns para serem os corredores, que estarão dispersos pela quadra e devem tentar segurar na cintura do último da fila. Os alunos que estão na coluna tratarão de evitar que isso ocorra, serpenteando ou fazendo movimentos em ziguezague. Se o corredor alcançar o seu objetivo, o primeiro da fila assume o seu lugar.


A SALADA
Esse jogo deve ser realizado no final da aula e serve para acalmar a turma. Os alunos sentam-se formando um círculo. O primeiro aluno diz o nome de uma fruta, verdura ou legume, como, por exemplo, banana. O seguinte deve dizer "banana" e adicionar um segundo nome e assim sucessivamente. Nenhum nome pode ser alterado ou esquecido.


NUNCA TRÊS, SEMPRE DOIS
Divida a turma em duplas, com exceção de cinco ou seis alunos. As duplas começam a caminhar, um aluno atrás do outro, em velocidade moderada, e os que estão sem duplas devem parar na frente de uma dupla, parando o deslocamento desta. Nesse caso, o último aluno de cada dupla deverá sair coNegritorrendo e encontrar uma outra dupla. Marca-se um tempo e, após o término deste, verifica-se que alunos estão sem par e marca-se um ponto para eles. Ao final, ganha o aluno que tiver menos pontos.


Sentados em cinco
Espalhe os alunos pela quadra. Cinco alunos serão escolhidos para pegar os outros e convertê-los em seus ajudantes. Os alunos tentarão escapar de seus perseguidores correndo e, antes de serem pegos, podem se sentar, tocando somente as nádegas no chão, ou seja, com os pés e o tronco elevados, mas somente poderão ficar nesta posição por cinco segundos e logo devem voltar a correr.